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Tecido Muscular


O tecido muscular é um tecido bastante especializado na função de contratibilidade, propriedade que suas células têm de se contraírem.
As células do tecido muscular são denominadas de fibras musculares, sendo geralmente alongadas, fusiformes ou cilíndricas, e apresentam no seu interior um grande número de filamentos proteicos contrateis de actina e miosina, responsáveis pelo processo de contração da fibra muscular.
Tanto as fibras como todo o músculo são envolvidos por tecido conjuntivo denso, o qual contém vasos sanguíneos que levam nutrientes e oxigênio para as células musculares e retiram o gás carbônico e as substâncias tóxicas, resultantes do catabolismo celular, além de dissiparem o calor.
 
O tecido muscular é o responsável pelas funções de movimentação, locomoção e sustentação do corpo, junto com o tecido ósseo.
Existem duas variedades de tecidos musculares nos animais, com três tipos morfológicos distintos: o tecido muscular liso e o tecido muscular estriado, esse último está dividido em: cardíaco e esquelético.

Tecido muscular liso

As células do músculo liso são de aspecto fusiforme, isto é, são volumosas na região central e afiladas nas extremidades. Apresentam apenas um núcleo central e são visíveis somente em microscopia. Essas fibras são capazes de sofrer multiplicação por mitoses e, portanto, repor células perdidas.
O músculo do tipo liso pode ser encontrado na parede do tubo digestório, das vias respiratórias, geniturinárias, vasos sanguíneos e no útero. 
Apresentam contração involuntária (independente da vontade), lenta e fraca.


Tecido muscular estriado esquelético

Este tecido apresenta células de aspecto cilíndrico e podem medir alguns centímetros de comprimento, podendo ser observadas até mesmo a olho nu. Os músculos estriados, tanto esquelético como o cardíaco, apresentam faixas transversais claras e escuras ao longo de suas células, o que lhes dá o aspecto estriado. As fibras musculares estriadas esqueléticas são plurinucleadas com vários núcleos periféricos. São produzidas quase que exclusivamente na vida embrionária, não sofrendo divisões por mitose, mesmo quando há lesão e morte celular. Existe no tecido muscular adulto os mioblastos, que são células-tronco ou embrionárias do tecido muscular que, quando ocorre a morte celular, se transformam em células adultas para suprir a falta das células perdidas.
A musculatura estriada esquelética corresponde a 40 % da massa total de um homem e 25 % da massa de uma mulher. Na verdade, são mais de 500 músculos diferentes, localizados nos membros inferiores e superiores, nas costas, e na
parede abdominal, na face, no pescoço, etc. Essa musculatura, diferentemente do músculo liso, apresenta uma contração rápida, forte e voluntária, isto é, depende da vontade do organismo.


Tecido muscular estriado cardíaco

As fibras musculares do tipo estriadas cardíacas são encontradas exclusivamente no músculo do coração, o miocárdio. São microscópicas, de aspecto cilíndrico e possuem geralmente um único núcleo central. Suas fibras são estriadas como a musculatura esquelética e apresentam-se ramificadas, como se existisse interconexões entre as células, os chamados discos intercalares.
Essa musculatura não sofre divisão por mitose e apresenta um tipo de contração parecida com a da musculatura estriada esquelética: rápida e forte, só que nesse caso involuntária.

Energia Eólica

O deus dos ventos na mitologia grega é Éolo. De seu nome origina-se o termo energia eólica, para denominar a energia dos ventos, isto é, das correntes de ar que se estabelecem na atmosfera terrestre. Ela provém, na verdade, indiretamente da energia solar, pois os ventos são produzidos em virtude das diferenças de aquecimento nas distintas regiões da superfície de nosso planeta. Entretanto, o que nos interessa agora é analisar quais são as condições de aproveitamento da energia eólica para uso do ser humano.

As turbinas eólicas ou aeromotores são grandes cataventos de eixo horizontal, que possuem um rotor, constituído de uma haste giratória e das pás metálicas, de um multiplicador de velocidade e de um gerador eólico, cujos componentes se movimentam produzindo a eletricidade. Para começar a funcionar, os ventos devem ter velocidade de no mínimo 3 m/s. Velocidades muito elevadas, por outro lado, podem danificar o equipamento. Entretanto, é possível, por meio da angulação das pás girantes, adequar o catavento às condições de vento existentes, de modo a tirar o máximo proveito possível.

Esquema de uma turbina eólica e do sistema de transmissão de energia:

A energia eólica como a energia solar é considerada uma "energia limpa". 

Os custos de produção e de instalação vêm baixando significativamente nos últimos tempos, viabilizando cada vez mais a utilização dessa fonte alternativa de energia. Admite-se que o preço do quilowatt-hora de energia elétrica de origem eólica possa baixar ao nível de 8 centavos de dólar, um valor extremamente competitivo, comparado com outras fontes energéticas. Como a produção de energia eólica é intermitente, pois o sistema só funciona quando o vento sopra, um problema a ser considerado é o da armazenagem dessa energia. No entanto, as novas gerações de baterias e acumuladores tendem a superar esse obstáculo.
A produção de energia eólica para obtenção de energia elétrica cresceu num ritmo acentuado na década de 1990 em todo o planeta. Por exemplo, a Espanha, que até 1993 produzia somente 51 MW de energia eólica, no final desse mesmo ano alcançou a marca de 2.235 MW, tornando-se o terceiro produtor mundial desse tipo de energia, perdendo apenas para a Alemanha e os Estados Unidos, respectivamente líder e vice-líder no setor. A perspectiva é de que até 2010 a energia eólica constitua 20% da produção energética espanhola, o que representa a possibilidade de fechamento de, pelo menos, nove usinas nucleares.

POR: Jonathan Ferreira  20/07/2012

Era Vargas

O governo na Era Vargas adotou medidas controladoras, ditatoriais e paternalistas, mas também contou com aspectos modernos na industrialização do país e na inovação das políticas trabalhistas com a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

 
Durante o governo de Getúlio Vargas, ocorreram diversas transformações nacionais: a industrialização progrediu de forma substancial, as cidades cresceram, o Estado se tornou forte, interferiu na economia e foi instaurada uma nova relação com os trabalhadores urbanos. Enquanto permaneceu no poder, Vargas foi chefe de um governo provisório (1930-1934), presidente eleito pelo voto indireto (1934-1937) e ditador (1937-1945).
Ao tomar posse em 1930, Getúlio Vargas discursou que o seu governo era provisório, mas tão logo começou a governar, tomou uma série de medidas que fortificaram o seu poder. Dissociou todos os segmentos que compunham o poder legislativo, assim exerceu o poder legislativo e o executivo simultaneamente. Vargas suprimiu a constituição estabelecida, exonerou os governadores e, para substituí-los, nomeou interventores de sua confiança. Vários deles eram militares ligados ao tenentismo.
Os tenentes no papel de interventores substituíram os presidentes de estados exonerados e cumpriram a tarefa de neutralizar as possíveis resistências dos velhos poderes locais ao novo governo, a fim de consolidar a revolução. A Era Vargas contou com uma política intervencionista ferrenha, através disso o poder público contemplou outros interesses sociais, superando a visão arcaica que a oligarquia tinha das funções do Estado.
A Era Vargas foi um período de modernização da Nação brasileira, mas também foi um período conturbado pela:
  • Revolução Constitucionalista de 1932.
  • Constituição de 1934.
  • Criação da Ação Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora (ANL).
  • Política econômica e administrativa do Estado Novo.
  • Política paternalista varguista.
  • Transformação social e política trabalhista com a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
  • Criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pela censura do período.
  • Constituição de 1937.
  • Consequência da Segunda Guerra Mundial.
  • Decadência do Estado Novo.
  • Ascensão e crise do Segundo Governo de Vargas (1950 – 1954).
Getúlio Vargas governou o Brasil por quase vinte anos. Chegou ao poder através da Revolução de 1930, abrindo um período de modernidade voltada para os aspectos políticos, econômicos e sociais brasileiros, até então nunca trabalhados. O forte espírito nacionalista de Vargas fez com ele fosse considerado o mais importante e influente nome da política brasileira do século XX.
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